Sem fiscalização: Perícia realizada deixou de avaliar mais de 25% dos cavalos explorados em charretes

perícia

A recente perícia realizada em Poços de Caldas (MG) para avaliar os cavalos usados nas charretes revelou um cenário alarmante! Foram avaliados 39 cavalos de 24 charreteiros, ou seja, cerca de 25% dos animais sequer foram avaliados nesta perícia.

Em confronto com a lista oficial fornecida pela Prefeitura, 10 charreteiros não compareceram. Outros 4 surgiram sem estarem listados, e também tiveram 4 que tinham duas charretes cadastradas e só tiveram uma delas periciada. A própria associação dos charreteiros admitiu que o número de animais chega a, no mínimo, 52 cavalos. Onde os outros estavam e por que não os trouxeram?

Embora a maioria dos animais possuísse documentação com número de microchip, ninguém disponibilizou um leitor, o que impossibilitou a conferência dos dados. Não se sabe, portanto, se os animais avaliados são de fato os utilizados nas charretes. Também não se sabe a quem pertencem, nem seus nomes ou origens.

Diante desse caos, é praticamente impossível interpretar o ‘laudo’ com rigor científico. Estamos falando de uma atividade que explora vidas, mas que sequer tem controle sobre quem são esses animais, não existe o mínimo de rastreabilidade ou fiscalização por parte da @prefeituradepocos.

A violência contra esses animais segue sem fiscalização ou controle algum, escancarando o abandono institucional do poder público em todas as suas esferas  e a objetificação desses animais escravizados. 

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